O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo e que ocasiona modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que irão afetar seu desempenho ocupacional devido a perda da capacidade adaptativa ao ambiente em que a atividade aconteça.
A Terapia Ocupacional tem como foco o desempenho funcional nas atividades de vida diária, atividades de vida prática, atividades de trabalho e nas atividades de lazer. Por meio de treinos, adequa-se às atividades algumas adaptações simples (tecnologias assistivas) objetivando o ganho funcional com máximo de autonomia e independência possíveis.
O idoso pode ser independente e não ser autônomo, o que o ocorre com frequência nos portadores de demências; pode ser autônomo, mas dependente, como ocorre com frequência com portadores de sequelas de AVE. Sendo assim, a conquista de certo grau de independência pode ser possível por meio das adaptações (tecnologias assistivas) nos utensílios de alimentação, higiene, na vestimenta, nos materiais de trabalho e inserção de pistas sensoriais no ambiente que viabilizem um maior grau de autonomia e independência, bem como a melhora da qualidade de vida do idoso.
Para avaliar a capacidade Funcional do Idoso, o Terapeuta Ocupacional seleciona cuidadosamente cada atividade quanto às suas exigências e que são graduadas em etapas sequenciais para facilitar o processo de sua execução. Essas atividades fazem parte de um plano de tratamento específico para cada caso e utilizadas após as avaliações como a: COPM – Medida Canadense do Desempenho Ocupacional, MIF – Medida da Independência Funcional, Índice de Katz, Mini mental e outros.
Além dos atendimentos realizados em consultório as visitas domiciliares também são realizadas com o intuito de analisar o ambiente e sugerir alterações que possam previr quedas, melhorarem o nível de participação do idoso nas atividades domésticas e de autocuidado, bem como para orientar os familiares e cuidadores nos cuidados e atenção a pessoa idosa.
Além disso, as atividades grupais para idosos são muito bem vindas, pois melhoram as habilidades mentais, sociais, cognitivas e promove uma resposta mais adaptativa às mudanças provocadas pelo processo de envelhecimento.
As funções corticais superiores, ou seja, a atenção, a concentração, a memória entre outros recebem atenção especial durante o tratamento terapêutico ocupacional, o que chamamos de estimulação cognitiva que poderá ter foco em prevenção ou manutenção das funções cognitivas remanescentes do idoso.
Durante o tratamento terapêutico ocupacional os fatores como a religiosidade e influências culturais são sempre observados e importantes, pois interferem nas vivências dos papéis ocupacionais, na melhora da capacidade funcional, na sua participação e no convívio em sociedade que auxiliam na qualidade de vida do idoso.
Patricia de Oliveira
Terapeuta Ocupacional – CREFITO 3/10356-TO
Consultora em Inclusão